A Verdade não dita sobre a Fundação Municipal Parque do Areão.

Quase meio milhão, gastos com funcionários da Fundação Municipal Parque do Areão, não garante a entrada de recursos para operação e manutenção do Parque do Areão.

Apesar de retirado da pauta da reunião ordinária da Câmara Municipal de João Monlevade, o assunto gerou polêmica entre os vereadores. A criação de uma Fundação para gerir o Parque do Areão, acarretaria uma despesa anual de R$ 403.976,42 mil para o ano de 2023. Para o ano de 2024, seria uma despesa anual de R$ 430.234,88 mil. E para o ano de 2025 a quantia chegaria na casa dos R$ 458.200,15 mil, ou seja, quase meio milhão. Simplesmente para pagar funcionários, sendo que o Diretor recebe a quantia de R$ 9.030,07 mil liquido, com os encargos sociais a quantia chega a R$ 11.693,94 mil.

Já o Chefe de Divisão e o Auxiliar Administrativo, cada um receberia o valor de R$3.578,82 mil liquido R$4.634,57 mil, bruto. Totalizando uma despesa para os cofres públicos de 9.269,14 mil. Lembrando, que esses cargos são de nomeação do prefeito, e apesar dos altos valores recebidos, a única exigência é ter ensino médio completo.

Já para contratação por dos quartos agentes através de concursos publico, onde as maiores notas são aprovadas, o recurso destinado para esses servidores, seria a bagatela de R$ 1.357.44 mil liquido, R$ 1.757,88 mil brutos, totalizando 7.031,54 mil.

O que se vê perante esse quadro, é simplesmente a ação do Poder Público Municipal, para criação de cargos de confiança para os seus correligionários políticos. Já que no montante, dos R$458.200,15 mil anuais, R$84.378,48 são para os concursados, que passaram no concurso através de seus conhecimentos e méritos. Já o restante do recurso, que soma a quantia de R$373.821,67 mil, seria para o pagamento do Diretor, o Chefe de Divisão e o Auxiliar Administrativo.

Outro fator, é que esses profissionais, não precisão de formação superior, apenas o ensino médio completo.

Com esses mesmos valores, seria possível a contratação de dezessete funcionários, além dos outros quatro, somando 21 colaboradores para compor ao quadro da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Lembrando que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, é carente de recursos humanos, e nem almenos possui um veículo próprio para efetuar as visitas e vistorias em nossa cidade.

O que se deve ser discutido, pelo executivo e o legislativo, é a estruturação da Secretaria de Meio Ambiente e a regulamentação do Fundo Municipal de Meio Ambiente. E não a criação uma fundação que iria criaria uma dualidade entres os poderes ambientais de João Monlevade. Gerando uma confusão de competências, além do impacto econômico para o município de quase meio milhão por ano.

Sou totalmente a favor da estruturação da Secretaria de Meio Ambiente. Sou totalmente a favor de criação de um conselho formado pelos poderes públicos e a sociedade civil, para gerir o Parque do Areão.

Mas, criar uma Fundação para contemplar apoiadores políticos, com altos salários e pouco ou nenhum conhecimento acadêmico, não é Politica Ambiental, mas, sim, “Politicagem Ecológica”.

Marcelo Sputnik é diretor do jornal Visão Ambiental, ativista ambiental e cultural